É possível medir o retorno do investimento da automação industrial?
Por mais que a automação esteja sempre em debate e sua importância para o desenvolvimento industrial seja incontestável, ainda há uma defasagem nas políticas de incentivo às empresas. Assim, o processo de adoção de novas tecnologias depende de uma análise cuidadosa do retorno sobre o investimento (ROI).
Entretanto, essa é uma questão um tanto polêmica. Afinal, supondo que o gasto para adaptação dos processos industriais cubra seu benefício produtivo, até que ponto é viável investir nessa modificação? Para ficar mais claro, vamos a um exemplo.
Você tem uma casa e deseja alterar sua estrutura para automatizar o controle da iluminação, do portão, do ar-condicionado, da temperatura da água e demais sistemas. O custo da adaptação inviabiliza o retorno sobre o investimento, a não ser que você já tenha pensado nessa ideia e construído a casa com esses itens desde o início.
O ROI e os demais benefícios devem ser analisados dentro de um prazo determinado. Se você avaliar um alto custo a ser pago rapidamente — em um ou dois anos, por exemplo —, pode ser que não ache interessante. No longo prazo, mesmo com o custo de manutenção, o panorama é outro.
Por isso, é fundamental ter em vista certos parâmetros para considerar a viabilidade do projeto. Alguns KPIs, como o custo total da posse (TCO), são de grande ajuda. Eles levam em conta questões como os investimentos com aquisição, instalação, manutenção, operação e treinamento de funcionários.
Até mesmo as spare parts (peças para substituição) em estoque devem ser consideradas. Assim, é possível desenvolver um planejamento embasado em um cálculo confiável.
O tempo para compensação do investimento é identificado e a empresa pode desfrutar dos benefícios da automação sem passar por períodos de aperto financeiro.